O novo caça russo de 5a geração, o PAK-FA (ou Sukhoi T-50) deverá cumprir mais de dois mil testes de voo completo antes de entrar em produção. Isto mesmo admitiu o próprio Putin, acrescentando na mesma declaração que agora que o T-50 se estava a desenvolver, era o tempo para focar o trabalho no desenvolvimento de um novo bombardeiro estratégico capaz de substituir o Tu-95.
Já antes falamos da intenção russa de criar um novo bombardeiro de longo alcance, mas Putin acrescentou agora factos novos ao dizer que este avião “seria um transportador aéreo de mísseis”.
A explicação porque é que a entrada em testes do T-50 está ligada ao começo do trabalho de concepção do novo bombardeiro não é clara, já que o T-50 é um programa da Sukhoi e o novo bombardeiro um programa da Tupolev, mas poder-se-á prender com os problemas orçamentais que a Rússia atualmente atravessa.
A Tupolev deverá fazer voar o primeiro protótipo do seu bombardeiro até 2017 e começar a fabricá-lo em série entre 2020 e 2025, ou até 2030, segundo fontes da aviação russa. Será este aparelho que substituirá três tipos diferentes de bombardeiros atualmente em operação na Rússia: o Tu-95MC Bear, o Tu-160 Blackjack e o Tu-22M3 Backfire, todos aviões já com longas carreiras de serviço ativo e longamente carentes de substituição.
A solidariedade a propósito da tragédia na Madeira criou uma natural e compreensível amnésia na sociedade portuguesa. Muitos de nós preferiram esquecer a boçalidade, os dislates e os insultos de Jardim a Portugal e à República. Mas passada a primeira hora, importa recordar de que tipo de personagem estamos a falar e o quanto ela tem prejudicado a Madeira e os madeirenses, aparentando – superficialmente – favorecê-la.
Lembremo-nos de que em 1999, João Jardim clamou: “Nem um tostão para Timor!” Agora, em 2010, não teve qualquer pudor em reclamar do continente que dez anos antes quisera negar aos timorenses, povo que sempre soube manter a língua portuguesa mesmo nos momentos de maior repressão e genocídio durante a ocupação indonésia.
Por isso, quando Timor decidiu enviar 750 mil dólares dos seus próprios fundos para enfrentar emergências para auxiliar a mesma Madeira liderada pelo energúmeno “nem mais um tostão para a Madeira” mostrou por aquela que é sempre a via mais expressiva: a do exemplo, especialmente eloquente quando temos em Timor um dos países mais pobres do mundo e na Madeira uma das regiões mais ricas da Europa.
Uma das maiores de energia potenciais do mundo são os jet-streams, os corredores de vento nascidos da colisão entre o ar quente tropical e o ar frio polar, que têm lugar nas regiões temperadas do globo. Com efeito, enquanto que à superfície os ventos não ultrapassam as poucas dezenas de quilómetros por hora, a dez mil metros de altitude estes ventos circulam a mais de 200 km/h. De facto, não é necessário chegar aos dez mil metros, já que basta chegar aos mil metros para que a velocidade do vento seja o dobro em relação ao solo.
Uma grande vantagem destes ventos de alta altitude é o facto de sobre algumas das grandes cidades – situadas precisamente nas regiões temperadas – a perto de oito metros de altitude existem ventos capazes de gerar até 10 kW/m2. Ou seja, 50 vezes mais do que o existente ao nível do solo…
Para aproveitarem este imenso manancial energético há já várias hipóteses:
Magenn (Canadá):
Altitude: 300 metros
Preço: menos de 0,05 euro
Produção: 2010
O vento faz rodar um balão sobre um eixo horizontal, o qual se encontra ligado a um alternador no solo. O gás do balão será hélio ou hidrogénio.
Kite Gen (Itália)
Altitude: 800 a 1200 metros
Preço: 0,03 a a 0,05 euro
Produção: 2010
Uma asa voadora puxada pelo vento e que estica um cabo preso a um alternador instalado na outra extremidade do cabo, no solo. Quando o cabo está completamente esticado, é recolhido e o processo começa novamente.
Rotor (Austrália)
Altitude: 5000 a 10000 metros
Preço: 0.01 a 0.02 euro
Um rotor que se mantém a voar pela rotação das suas pás, alimenta um alternador ligado por um cabo. O Rotor ganha altitude pelo uso das pás como se se tratasse de um gigantesco helicóptero.
A energia das Jet Streams é hoje uma das maiores possibilidades de produção de energia limpa, segura e barata. Está disponível em praticamente todas as regiões do globo, mas especialmente nas latitudes temperadas, sendo particularmente intensa no Canadá, EUA, Chila, sul do Brasil, Uruguai, norte de África, África do Sul, Médio Oriente, China central, Japão e Austrália e Nova Zelândia. Nestes países a energia destes ventos de alta altitude pode satisfazer mais de 20% de todas as necessidades atuais, ou seja, assumir uma parcela maior que aquela hoje ocupada pela energia nuclear ou pela eólica. Portugal não está nas regiões mais favorecidas pelos Jet Streams, mas também não está naquelas onde estas não são suficientemente fortes para justificar tal exploração… Há assim todo o interesse em ver assim projetos deste tipo surgirem em Portugal e no Brasil sobretudo, onde grandes cidades como São Paulo e o Rio de Janeiro se encontram precisamente nas zonas a sul do Equador onde estas correntes são mais intensas, sendo absurdo não aproveitar este imenso manancial de ventos com mais de 200 km/h em época de alterações climáticas e de um reforço imperativo de redução da nossa pegada de carbono! Para as Jet Streams, já, e em força, é caso para dizer!
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