A China apresenta-se cada vez mais como uma superpotência… Sinal disso mesmo é a opção pela Marinha como o ramo das suas forças armadas que mais investimentos terá na próxima década e a recente declaração do almirante chinês, Yin Zhuo de que a China iria construir uma base naval no Golfo de Aden de forma a “poder apoiar melhor as operações contra os piratas somalis”.
De facto, a China mantêm na região duas fragatas, envolvidas em discretas missões anti-pirataria, que dependem do tradicional aliado paquistanês para se abastecerem e, mais recentemente, de uma base naval francesa no Djibuti. “Discretas” porque na mais recente missão de “salvamento” a marinha chinesa se limitou a pagar um resgate de 4 milhões de dólares e a ir recolher os 25 marinheiros libertados, sem disparar um único tiro.
As intenções chinesas são óbvias e pouco têm a ver com os somalis. Com bases já ativas no Paquistão e na Birmânia, falta agora à China no Oceano Índico – o oceano por onde transita o petróleo que importa em doses massivas do Médio Oriente – uma base mais a Ocidente, precisamente perto da Somália ou na África Oriental. O Índico é nas palavras recentes de outro alto responsável governamental chinês o foco da atenção estratégica chinesa para o próximo decénio e uma base no Índico Ocidental cumpriria muito perfeitamente esse propósito.
Fonte:
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/china/6911198/China-may-build-Middle-East-naval-base.html
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