O Irão anunciou que vai lançar o seu foguetão “Kavoshgar” (“Explorador”) em março de 2010. O foguetão será enviado para o Espaço até uma altitude entre os 50 e os 150 km, conduzindo aqui “diversos estudos científicos”.
Em fevereiro de 2009, o Irão lançou o satélite de telecomunicações Omid, a partir de um foguetão Safir 2. Meses depois, era a vez o do Kavosh 2, que regressou ao solo com uma carga cientifica por intermédio de um para-quedas. Este ritmo relativamente intenso de lançamentos deverá continuar em 2010, ao que tudo indica, mas desta feita colocando em órbita não apenas simples satélites experimentais de curta vida útil, mas satélites de comunicações e de observação da Terra mais duradouros e sofisticados.
Em 2011, o Irão anunciou que poderá enviar um “ser vivo” para o Espaço, dentro de uma “bio-cápsula”. Ainda não se sabe que animal será utilizado, mas a referencia a um único animal aponta para um cão ou para um primata, como fizeram soviéticos e norte-americanos na década de 50, como preparação para o envio de astronautas para o Espaço, algo que o Irão espera conseguir fazer antes de 2021, não com os foguetões atuais, nem com seus descendentes diretos, porque lhes falta ainda capacidade (mas não fiabilidade), mas com foguetões que hoje existem apenas nas pranchetas de desenho. De qualquer forma, o programa espacial iraniano tem revelado as mesmas qualidades do chinês: uma lógica de pequenos passos, regulares e pouco ambiciosos, tendo objetivos de longo prazo sempre no horizonte. Algo de radicalmente diferente ao que se passa no programa espacial do Brasil, um país lusófono que também mantêm um programa espacial, mas confuso e de destino e objetivos incertos.
Fonte:
RIA Novosti
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