
"Digam lá se não parece mesmo um mafioso?" (http://iva.caoazul.com)
A palhaçada orgástica da Bola com os dinheiros dos nossos impostos continua: o próximo episódio é – já se sabe – a última ideia arrotada por esse primor dejetivo da intelectualidade bolística portuguesa chamado Madaíl, sempre fértil em congeminar esquemas para esvaziar os cofres públicos. Os políticos do Bi-Partido, obviamente exultam, sonhando já com votinhos conquistados em fugazes aparições mercenárias nos Estádios de Futebol.
De permeio, os madaílistas desencantaram um logótipo para a candidatura ibérica ao Mundial de 2018 e que simbolizará a “vontade única de Portugal e Espanha chegarem a Dezembro de 2010 como vencedores da seleção do país vencedor”. Dizem. Ou melhor, dizem entre outras coisas bem menos pacíficas:
“Este logotipo transmite uma ideia de união, de vontade, entre dois países que estão também entrelaçados, além das bandeiras, da cultura, das relações, pela sua história. Este era o símbolo que mais força podia dar à candidatura.”
Muito bem. Senhor Madaíl (sejamos claros: “senhor” é apenas um artifício retórico), se o quer “unir-se” a Espanha, faça-o no doce embalo dos lençóis do presidente da Federação Espanhola, Angel María Villar, com quem se escolheu deitar. Mas não misture Portugal nesse discurso menorizante e saramugiano da “união ibérica”. As bandeiras de Portugal e Espanha não só não estão entrelaçadas mais dois países unidos por tanta amizade, por tantas “relações” não tem entre si – a separá-los – um genocídio neocolonialista cultural e linguístico em curso na Galiza e um já praticamente efetivado na Olivença e nos seus três concelhos ocupados ilegalmente por Madrid.
Um tal de Carlos Queiroz – criatura de méritos bolísticos muito discutíveis – também já se juntou ao coro de madalístas apregoando que a candidatura “ibérica” (termo orgástico para os espanhóis unionistas) tem que ser um “um desiderato nacional” e que “Temos de ter o melhor logotipo, a melhor organização, o melhor empenhamento, os melhores programas, os melhores campos, os melhores jogadores, os melhores treinadores, o melhor público. Temos de puxar todos para o mesmo lado”. Dando a entender aquilo que já se sabe: mais dinheiro, mais desperdício de impostos, mais babaquismo medíatico e ronaldismos sem fim. Era mesmo que estávamos a precisar.
Poder-se-ía pensar que tamanho “logotipo unionista” poderia ser da forja de um bom e fiel súbdito castelhano. Nada disso. É de um madaílista que dá pelo nome de Eugénio Chorão de uma chafarica anti-portuguesa intitulada “Euro RSCG Design & Arquitectura” que acrescenta o “conceito” submerso sob tão arguto logo: “É uma fusão das duas bandeiras, que formam o mundo. Esta ideia representa a fusão de dois países através da paixão que têm pelo desporto”. Outro que se devia ir fundir para outro lado qualquer e deixar o dinheiro dos nossos impostos para melhores usos que o derrame estéril sobre o turvo, corrupto e imoral “mundo da Bola”.
A qualidade gráfica do logotipo é também imensamente discutível, como asseguram alguns especialistas na área que o classificam como medíocre revelando “confusão visual e sem pregnância, a qualidade gráfica das “pinceladas” revela-se numa falta de veracidade e coerência” (ver fonte). Mas mais grave é ainda o que ele representa: uma competição desportiva internacionał dupla, em que dois países soberanos apresentam uma candidatura conjunta, mas em que um dos dois possui a parte de leão dos jogos e dos estádios em competição. Tal é um erro de repercussões na imagem internacional do país grave, já que apresenta Portugal como “inferior” a Espanha. Ou há recursos para uma candidatura nacional (e não os há) ou não se deve desperdiçar os escassos que existem a promover uma “Ibéria” que só serve aos recalcados desejos espanholistas de saramugianos e castelhanos.
Fontes:
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1404867
http://logotipo.pt/blog/logotipo-da-candidatura-iberica-ao-mundial-de-futebol
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