Que país é este onde as creches recusam as inscrições às mães desempregadas? Aparentemente, e segundo notícia do Expresso esse é o procedimento “normal” em algumas creches portuguesas, sendo o caso de uma da Segurança Social em São Domingos de Rana (pública!) onde terão confidenciado a uma mãe desempregada que “estavam a dar prioridade aos pais empregados, já que os desempregados não têm a mesma urgência social”. A dita instituição pertencia ao Instituto da Sagrada Família da Madorna, estando ligada à Igreja e reiterava o discurso inclemente tantas vezes utilizado por esta instituição… O caso contudo não é único, como confessa o próprio ministério e resulta fundamentalmente da escassez da oferta social num mercado onde até os privados mais medíocres que arrogam ao direito de cobrarem preços exorbitantes entre os 300 e os 400 euros.
A cobertura pública tem que aumentar (atualmente inferior a 30% do país), os preços descontrolados que os privados praticam têm que ser regulados e vigiados, já que a efetiva política de cartelização entre estas instituições está a aniquilar a concorrência e a inflacionar os preços. E sobretudo, o Estado tem que vigiar este verdadeiro abuso que é o de discriminarem pessoas que de per si se encontram já numa situação social e economicamente muito crítica.
Fonte:
http://aeiou.expresso.pt/creches-fecham-portas-a-filhos-de-desempregados=f531400
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