Quando se sabe que as primeiras missões tripuladas para a Lua da NASA vão ter lugar apenas em 2020 e que a principal razão que impulsiona este regresso – a construção de uma base lunar – terá lugar apenas em 2030, é impossível disfarçar um certo sentimento de desilusão.
O programa Apollo norte-americano foi suspenso por Richard Nixon em 1972, porque o programa do Shuttle estava a arrancar e não havia recursos suficientes para mais missões Apollo e o Shuttle, em simultâneo. A estratégia deu-nos a Estação Espacial Internacional (ISS) e o Hubble, além de uma capacidade inédita de colocar cargas pesadas em órbita. De facto, sem o Shuttle, não teria sido possível lançar o telescópio espacial, nem as suas quatro missões de manutenção. Mas agora, que o Shuttle está a meses do seu último voo, os EUA, irão ficar sem esse caro (mas não muito fiável) mas poderosa plataforma.
A Europa, com a sua agência espacial ESA incluiu a Lua nos planos no âmbito do programa Aurora, onde procura parcerias com os EUA, China, Japão e Índia. Esta parceria poderá levar a agência a colocar um astronauta europeu na Lua entre 2020 e 2030. As dificuldades dos EUA com o Aries e o Constellation poderão levá-la a buscar uma aliança com a Europa. Os demais países funcionam mais num registo isolacionista, especialmente a China que depois de ter comprado na década de 90 a tecnologia russa Soyuz não quis mais parcerias com ninguém…
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