(Vídeo do voo de um Lynx da XCOR)
Embora não tão mediática como a Space Adventures, existe uma pequena empresa norte-americana que está na vanguarda da indústria que nos EUA é conhecida como “New Space”. Trata-se da XCOR, que com o seu Lynx, um avião suborbital de dois lugares capaz de descolar de uma pista de aviação normal, subir até aos 200 mil pés a Mach 2, entrar em Zero G e regressar à Terra. Tudo isto deverá levar menos que meia hora e o voo suborbital poderá ser repetido várias vezes por dia em troca de um bilhete de “apenas” 95 mil dólares. Caro, mas menos de metade do que o seu concorrente da Space Adventures ou a Virgin Galactic do multimilionário britânico Richard Branson.
Atualmente, a XCOR está a testar o seu avião num túnel de vento e um primeiro voo – sem propulsão – deverá ter lugar em meados de 2010.
A empresa tem apenas 25 empregados mas já conseguiu construir e testar 10 motores de foguete para o seu Lynx, tendo sido alguns testado durante mais de dois mil disparos, provando a sua resistência, algo de essencial, se tivermos em conta que o foguete fará parte do Lynx e que não será substituído entre missões… Varias vezes por dia. O motor – testado pela primeira vez em dezembro de 2008 é designado como 5K18 e é alimentado a oxigénio líquido e querosene, oferendo até 2900 libras de impulso. Este, contudo, não será o motor do Lynx, o qual funcionará a oxigénio líquido e um sucedâneo de querosene, uma combinação indispensável para manter baixos os custos de cada voo do avião, segundo a XCOR.
Em termos de concepção aerodinâmica, o Lynx será um feito notável, já que terá que ser capaz de voar um grande leque de velocidades, desde o Mach 2 a velocidades de poucas centenas de km/h, sempre de forma estável.
A empresa tem realizado vários voos de teste com aviões a foguete na suas instalações do deserto de Mojave, com foguetes a oxigénio líquido, com diversas gerações de motores.
Inicialmente, a XCOR pensava que o Lynx fosse visualmente semelhante a um F-16 bilugar, com o piloto à frente e o passageiro no assento traseiro, mas atualmente prefere uma configuração lado-a-lado, mas com o lugar do piloto ligeiramente avançado. No resto, o Lynx assemelha-se a um jato privado havendo até planos por parte da empresa de fabricar e vender estes aparelhos concorrendo diretamente neste lucrativo segmento de mercado por um preço inferior a 60 milhões de dólares por avião suborbital.
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