Fala-se muito que a mortalidade associada à Gripe A é mais elevada. Sabe-se que todos os anos, dezenas de milhares de pessoas morrem em resultado da variante sazonal da gripe. Se a gripe A fosse tão mortal como a gripe comum (que o é muito pouco), à medida que a Gripe A se fosse espalhando pelo mundo, teríamos uma multiplicação do número de mortes decorrentes desta nova infeção. Teoricamente. Mas apesar da multiplicação dos casos de gripe A nos últimos meses, não parece existir um número correspondente de mortes… Pelo menos, não na escala que se esperava. Tipicamente, num ano normal, há entre 3 a 5 milhões de casos de gripe sazonal severa e de até meio milhão de mortos em todo o mundo, destes só nos EUA registam-se anualmente 36 mil mortos e 200 mil hospitalizações. E até julho, havia pouco mais de 700 mortes de pacientes de Gripe A. Se mesmo a muito letal Gripe Espanhola levou à morte 2,5% de todos os infetados, não devemos esperar uma letalidade muito superior, provavelmente até idêntica aos 0.1% da gripe sazonal.
A tese é que assim como os sintomas da Gripe Suína não são distinguíveis dos da Gripe comum, também não provoca uma maior mortalidade que esta. E de facto existe uma certa opacidade quanto aos números de mortes por Gripe A e não é claro como são documentadas e registadas. Recordemo-nos que a Gripe A, sozinha, não mata ninguém, e que – segundo dizem – apenas é letal quando associada a outras patologias respiratórias…
Tenho procurado trabalhar em meu blog com os conceitos de pânico e falta de dissernimento quanto a Gripe A. Há realmente uma nuvem irresponsável no ar, onde se confunde prevenção, com cuidados básicos e pânico. Espero que consigamos deixar tudo no seu devido lugar a tempo, antes que todos acreditem que o inferno dantesco chegou com o vírus H1N1 e esqueça que outros virão. Sucesso. Roberte (blog.psicologoroberte.com.br)
o vento de pânico, induzido pelos media e pelas farmacêuticas irá acalmar para o ano, quando todos perceberem que tudo não passou de um balão inflado para fazer mais dinheiro… até lá, teremos mais e mais pânico, receio bem…