
A eles (felizmente) ninguém pediu o extrato nem o comprovativo de alojamento... (http://www.historylearningsite.co.uk)
Os filmes de Hollywood deixam perfeitamente claro que se há país de emigração esse país é a Irlanda. Por isso a notícia segundo a qual três jovens norte-americanos viram negada a sua entrada no país é muito estranha.
Os três estudantes liceais aterraram em Dublin começando uma jornada de um ano de aventura pela Europa ocidental, mas ainda antes que conseguissem sair do aeroporto foram metidos dentro de um avião e devolvidos a Nova Iorque.
Os zelotas agentes da Emigração proibiram-nos de entrar porque não tinham nenhum endereço onde ficar em Dublin e nenhuma declaração bancária provando rendimentos.
Diplomatas irlandeses nos EUA já se desfizeram es desculpas perante este incidente, ainda que o serviço local de emigração não tenha emitido nenhum pedido de desculpas formal.
Os jovens admitem que não levavam as declarações de rendimentos, mas disponibilizaram-se para mostrar os seus extractos online, o que foi recusado. De qualquer forma, estas declarações – ainda que estejam na lei – praticamente nunca são exigidas. Eu próprio já passei varias vezes pelo aeroporto de Dublin e desconhecia esta exigência. Quando ao local de alojamento, os jovens tinham-no, mas não pago, já que o tinham encontrado num site de partilha de alojamentos gratuitos o couchsurfing.com.
A situação é muito embaraçosa para a Irlanda, um país que tem a reputação (testemunhada) de ser muito hospitaleiro e reflete como é que a atividade arrogante e presumida de um ou dois zelotas pode corroer séculos de tradição hospitaleira, sendo este incidente especialmente vergonhoso quando se pensa em todos os milhões de irlandeses que os EUA acolheram ao longo dos séculos, fugindo da “Grande Fome” provocada pela monocultura ordenada por Londres, no século XIX ou por todas as perseguições políticas e religiosas desde a ocupação da Irlanda pelos britânicos.
Fonte:
http://www.dallasnews.com/sharedcontent/dws/dn/latestnews/stories/070709dnmetireland.3ebc9f1.html
É uma questão de soberania, por outro lado, de reconhecimento, os ianks foram o país q + os acolheu no passado, ñ tão distante assim,daí a reciprocidade…pura ingratidão, xenofobia e sacanagem…
Não será bem assim, caro Argus.
O pioneirismo americano prendeu-se, essencialmente, com a necessidade de procura de uma melhor vida, por todos quantos sofriam dificuldades na europa (tal como está a acontecer connosco actualmente).
De salientar ainda que na América do Norte | EUA no início do século XIX precisavam de braços produtivos, daí que a imigração nesse período tenha sido muito intensa vinda principalmente da Alemanha, Irlanda e Inglaterra, dadas as sérias dificuldades financeiras pelas quais a população europeia passava (concentração fundiária; expulsão de camponeses; artesãos sem trabalho devido à nova “era” industrial; etc.) Assim, no início do século XIX o Oeste americano significava para muitos uma nova vida, uma nova esperança – recomeçar do zero – com a promessa de terras e minas livres para ocupar e explorar; criação de gado; etc…
Se a Irlanda recorre agora ao proteccionismo é a primeira reacção natural relacionada com a grave crise interna que assola o país e toda a europa – não há lugar para estranhos!
É errado?! Talvez sim, talvez não, depende das políticas e da coesão, ou não, da própria UE.
Basta ver que o “Tratado de Lisboa” ainda não foi aceite pela Irlanda, nem referendado pela maioria dos 27.
Relembro também como as eleições para o Parlamento Europeu foram marcadas pela acentuada erosão eleitoral da social-democracia europeia.
Enfim… há nuvens muito negras no horizonte e a economia da UE continua a degradar-se, com especial destaque para a Alemanha e para o Reino Unido (porventura a ter de recorrer ao FMI dentro de meses) a somar à continuada degradação da situação económica e financeira no Leste da Europa com ramificações à banca da Zona Euro… a tendência natural é de proteccionismo e todas as inerentes desvantagens.
há economistas que dizem que tudo se vai afundar, mais e muito mais, mesmo. até 2012 e que só depois é que vai recuperar…
enfim, ao certo ninguém sabe e da forma como as economias estão hoje ligadas tudo pode descontrolar-se muito rapidamente!