(Mars Phoenix Lander, que teria componentes reutilizados nesta missão a Ceres em http://www.sydneyobservatory.com.au)
Ainda que a maior parte da atenção da comunidade científica esteja focada nos chamados “grandes planetas”, como Marte ou Vénus, alguns membros mais discretos do Sistema Solar, como o “planeta-anão” Ceres estão a despertar curiosidade… Atualmente, na empresa europeia Thales Alenia Space, a mesma empresa que esteve por detrás da conceção de projetos europeus tão bem sucedidos como a sonda titaniana Huygens, ou os orbiters venusiano Venus Express, ou o marciano Mars Express, trabalha-se para desenvolver o conceito de lander para… Ceres.
Os primeiros planos para o lander de Ceres estão agora a serem delineados na NASA. A ideia é conceber uma missão de baixo custo, reutilizando tanto quanto o possível sistemas desenvolvidos para outras missões. Por idêntica razão, o lander será lançado por um foguetão russo Soyuz que levará a sonda numa viagem de 4 anos até ao asteroide. Quando chegar ao seu destino, o satélite entrará em órbita com Ceres antes de tentar uma aterragem, neste momento, a sonda largará o “Ceres Polar Lander” que travará a sua descida com foguetes e procurando evitar uma zona escura do asteroide de forma a alimentar os seus painéis solares. O lander deverá realizar o mesmo tipo de análises do solo cumpridas pelo “Mars Phoenix Lander” em Marte, devendo reutilizar alguns dos seus componentes. Os pólos de Ceres são considerados como os candidatos ideais a uma aterragem de um lander, devido à maior possibilidade de encontrar aqui gelo e às ligeiramente superiores temperaturas que aqui são registadas.
Desenvolver a tecnologia para aterrar (cerear?…) em Ceres será um feito notável, que poderá ser aproveitada noutras missões e que, por sua vez, também resulta da aprendizagem que decorre de outras missões já em curso, como a missão europeia MoonNext para o nosso satélite natural. Missões para os muito biologicamente interessantes Enceladus e Europa poderiam aprender muito desta missão a Ceres e reutilizar muitos dos seus componentes. nas missões “Europa Jupiter System Mission” e “Titan Saturn System Mission” que a NASA está a avaliar para lançamentos entre 2027 e 2035.
Há também uma possibilidade de que Ceres possa, ela própria, albergar alguma forma de vida… O asteroide tem matérias orgânicas na sua superfícies, assim como água… Terá também alguma forma de energia em quantidades suficientes para suportar a aparição e a manutenção de alguma forma de vida relativamente simples? O Sol é uma fonte insuficiente, mas radioatividade, fricção de rochas ou pressões gravitacionais podem dar essa energia que falta…
Fonte:
http://www.space.com/scienceastronomy/090416-am-ceres-lander.html
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