(Distribuição das forças aliadas pelo cenário afegão em http://www.afghanconflictmonitor.org)
Portugal vai enviar durante o próximo mês de julho mais 56 militares, juntamente com um avião de transporte Hércules C-130H da FAP para o Afeganistão, reforçando assim a sua presença naquele que é um dos mais importantes conflitos da atualidade.
Estes meios serão integrados na “Força Internacional de Assistência à Segurança” (ISAF) e serão compostos por 15 elementos de uma equipa de Saúde proveniente dos três ramos das Forças Armadas e 40 militares que serão alocados à operação e manutenção do avião devendo a equipa permanecer no país até julho de 2010.
O objetivo deste reforço de meios é o apoiar a realização das eleições presidenciais marcadas para 20 de agosto, quer medicamente, para o caso de ocorrerem problema de segurança que resultem em feridos e para transporte de pessoal e equipamento a um país onde as estradas ainda são muito inseguras, especialmente no sul e junto à fronteira paquistanesa.
Após Julho, haverá no Afeganistão um total de 143 militares portugueses, reforçando assim os meios aqui empenhados e respondendo de forma positiva a um apelo da nova Administração Obama para que os países da OTAN colocassem aqui mais meios e que assim se criassem as condições necessárias à inversão da situação de segurança. O número de forças no terreno é contudo inferior e muito aos 300 militares que o país na teve no Afeganistão e contrasta vivamente com a necessidade de meios combatentes no local, já que os talibãs estão cada vez mais ativos no sul do país e junto à fronteira com o Paquistão, controlando efetivamente extensas regiões do país, muitas vias de comunicação e várias de pequenos aldeamentos. Nesta fase, seria imperativo que a OTAN colocasse mais meios combatentes, de primeira linha, no local e isso não está a acontecer… Não são só os portugueses que se furtam a colocar no perigoso cenário mais meios combatentes. São todos os países da OTAN, a começar pelos alemães que cobardemente se mantêm nas zonas relativamente seguras do norte e da capital e a terminar por países militarmente bem mais capazes que Portugal (como a torpe Holanda e a inepta França) que mantêm no país contingentes pouco mais que mínimos.
Fontes:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1379183
http://en.wikipedia.org/wiki/International_Security_Assistance_Force#NATO_nations
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