
A sonda marciana MAVEN, a lançar em 2013 em http://www.nasa.gov
O programa robótico norte-americano de pesquisa do planeta Marte está praticamente morto. Os recursos disponíveis são mais escassos do que nunca, e são disputados entre três prioridades completamente distintas: o regresso à Lua desejado pelo anterior presidente Bush, a exploração por vestígios de vida nas fascinantes luas jovianas e a continuação da exploração robótica do Planeta Vermelho.
O próximo passo da exploração marciana deve ser cumprido pelo “Mars Science Laboratory“, atrasado recentemente até 2011 e cujo orçamento já disparou para uns impressionantes 2,2 biliões de dólares, já muito além dos custos mais modestos dos Rovers que ainda hoje navegam pelas areias marcianas e, de facto, aproximam-se dos custos estimados para enviar uma missão aos satélites de Júpiter ou de Saturno, onde se sabe haver condições teóricas para a sustentação de formas de vida e onde a primeira missão à lua joviana Europa não deverá custar mais do que isso… Será que Marte pode competir com as promissoras luas Europa, Enceladus e Titã, quando tem recebido tanta atenção nos últimos anos e estas prometem tantas descobertas fascinantes e têm recebido comparativamente menos recursos que Marte.
Os novos destinos podem aproveitar com os problemas com o Mars Science Laboratory e ocupar o espaço deixado pelo vazio marciano que os seus desvios orçamentais irão provocar. Especialmente porque apesar de todos os orbitadores, rovers e landers atualmente em Marte, embora haja provas da existência de gelo de água e – talvez – de água líquida, ainda não houve sinais de vida em Marte, nem passada, nem presente, algo que começa a frustrar alguns exobiólogos e fazer surgir a crença de que é melhor começar a focar noutros locais do Sistema Solar.
Apesar disso, a missão que após o Mars Science Laboratory a NASA vai enviar a Marte parece mais ou menos assegurada. Trata-se da “Mars Atmosphere and Volatile Evolution Mission” (MAVEN) que será lançada em 2013 e que vai estudar o passado climático em Marte, concentrando-se especialmente na possibilidade ter albergado vida. Há também uma terceira missão marciana em estudo e que deverá ser lançada em 2016 e que poderá ser um orbitador construído em parceria com a ESA.
Fonte:
http://www.space.com/news/090323-nasa-mars-program.html
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