A “Associação Europeia da Energia Eólica” acredita que até 2020 será possível abastecer 60% de todos os lares da Europa com energia elétrica gerada a partir de aerogeradores. Para chegar a este valor, seria preciso produzir 230 gigawatts por via eólica. Em 2008, em toda a Europa já se registou um valor de 8454 MW de eletricidade gerada pelo vento, mais do que o valor gerado por qualquer outra fonte isolada e que correspondendo a 65 GW (em toda a Europa) permite já abastecer 4.2% de todos os lares europeus.
A aposta na eólica continua a ser prioritária em praticamente todos os países do continente e em 2008, com o petróleo a 147 dólares o barril (entretanto a aproximar-se dos 30) houve uma poupança de 5.4 biliões de euros em importações e em 2,4 de emissões de CO2. É certo que os preços desceram e isso diminuiu o interesse económico imediato de todas as energias alternativas, eólica inclusive. contudo, dado o facto de ser chegado ao pico da produção, é evidente que logo que a recessão amainar os preços elevados irão regressar, podendo inclusivamente fazer regressar o clima depressivo se entretanto não tiverem sido encontradas alternativas aos combustíveis fosseis. Por isso é que é importante montar agora as estruturas energéticas alternativas, aproveitando as oportunidades deste momento de crise, ideal para justificar e motivar a grandes alterações estruturais.
Todos os recursos que a Europa está a consumir em importações de gás e petróleo deve ser investido em energias alternativas que garantam não somente a autonomia continental, mas sobretudo a autonomia local em formas de energia. Neste contexto, o papel dos investimentos em eficiência são tão fundamentais quanto a construção de centrais eólicas, de biomassa, de energia das ondas e de minihídricas. Toda esta dispersão favorecerá a resistência ao impactos de qualquer desastre natural (seca, inundações, etc) e dispersando geograficamente as fontes de energia, criamos emprego e empresas locais e reforçamos a resiliência de uma rede de distribuição de energia que depende hoje excessivamente de grandes centrais de geração de energia elétrica.
Fontes:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1369554
http://www.ewea.org/index.php?id=60&no_cache=1&tx_ttnews[tt_news]=1463&tx_ttnews[backPid]=1&cHash=c6c8965b88
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