1. A Ilha aparece aos tripulantes e passageiros do voo Ajira 316 após um clarão. Este, parece estar associado – desde a implosão da Estação Cisne – às deslocações no Espaço e no Tempo, da Ilha. Por isso, esta sua aparição indica que o cálculo de Eloise Hawinkg no episódio 6 desta temporada estava correto e que a rota deste voo passava efetivamente sobre o local onde se iria materializar a Ilha. Não é assim o avião que viaja até à Ilha, é, pelo contrário, a Ilha que viaja até ao avião… E torna-se também claro que o avião entra na bolha espácio-temporal que rodeia a Ilha e que além de aparelho entrar no local onde ela está, penetra também no Tempo em que esta se encontra, porque passa da noite para o claro dia e logo… todos os que estão no seu interior estarão algures no passado. Não em 2007 (ano em que decorre a timeline mais recente de Lost), nem em 1977, já que a Estação Hydra foi surge num episódio anterior abandonada, e não povoada pelos elementos da Dharma, como estaria se estivéssemos numa timeline dessa época…
2. A timeline onde se encontra o Ajira 316 torna-se evidente quando observamos que o avião aterra sobre a pista de terra batida que… Kate, Sawyer e os Outros estavam a construir lá longe na Temporada 2! O facto do mistério só agora ser esclarecido ilustra a determinação dos produtores em manter a promessa de responder a todas os mistérios colocados desde a 1ª temporada… Mas como saberiam os Outros que o Ajira 316 iria precisar desta pista? Aparentemente, e segundo um podcast oficial de 19 de março, porque os Outros tinham recebido instruções para tal do próprio Jacob, o seu “líder supremo”, que tantas vezes parece corresponder a materializações do pai de Jack ou mesmo do “monstro de fumo”, com a sua pública vocação de “proteção do templo”.
3. No último episódio da Temporada 4, tínhamos visto que o suposto pai de Jack, Christian Shephard, não podia (dizia ele) ajudar Locke a erguer-se ou a movimentar a Roda… Dando a entender que não era verdadeiramente material. Mas agora, neste episódio parece sê-lo, já que quando Frank Lapidus e Sun entram com ele às “Barracks” e entram no “Processing Center” ele agarra numa fotografia numa parede e a mostra a eles. Será então Christian uma entidade material ou… a própria fotografia é uma construção mais ou menos “fantasmagórica” e por isso mesmo, pode ser segurada pelo igualmente fantasmagórico Shephard? Voto nesta última tese… Note-se também que a audição dos famosos “murmúrios” que desde a primeira Temporada antecipam muitas aparições do Monstro de Fumo, indicam que Shephard é uma ténue materialização, uma espécie de fantasma de Jacob, o responsável pela construção da pista onde no mesmo episódio aterra o voo da Ajira.
4. Quando o copiloto do voo da Ajira emite o seu Mayday ouve-se a emissão de rádio dos Números… Isto é um grande mistério, porque esta emissão ocorreu (a Dharma era a responsável pela mesma) até 1988, quando Rousseau a substituiu e depois, em 2004, finalmente terminada por vontade dos sobreviventes do Oceanic, liderados por Jack no episódio “Through the Looking Glass”. Então… Será que o Ajira 316 ao contrário do que sugerimos no comentário 2 está afinal, antes de 1988, e em época talvez contemporânea dos restantes 6 da Oceanic, isto é, em 1977? E que a pista de terra batida é de construção Dharma? Ou… Será que o avião ao atravessar a “bolha” espaço-temporal que rodeia a Ilha, atravessou vários contínuos e um destes era de pré-1988, regressando depois a uma timeline que no comentário 2 estimamos ser a atual (2004)? Um mistério que será esclarecido nos próximos episódios…
5. Quando Sun vê a fotografia dos “Losties” tirada em 1977 que Shephard lhe mostra, conseguimos ver um indivíduo na sala atrás dela. Pode ser um erro de filmagem ou uma materialização do “Monstro de Fumo”? Não é ele que aparece sempre que se ouvem os murmúrios citados no comentário 3?
6. Quando o jovem Bem leva uma sandes a Sayid conseguimos um Apple Lisa numa mesa… Em Lost, os Apple II são mais comuns e de facto, em 1977, ainda não estava disponível publico, pelo que estamos perante um erro de continuidade…
7. Quando os sobreviventes do voo Ajira observam algo a mexer-se na mata, e se torna evidente que este algo é o “monstro de fumo”, estamos perante um comportamento padrão do monstro: quando chegam à Ilha novos visitantes, o monstro deixa a sua “toca” no templo em ruínas e vai observar os novos náufragos, talvez avaliando o seu grau de ameaça ao Templo que já sabemos ser a missão do Monstro proteger.
8. Fica neste episódio por responder uma pergunta: onde é que anda Daniel Faraday, precisamente a mais “forte”, de todas as personagens introduzidas na temporada anterior?
Só hoje vi o episódio, para variar andas sempre um adiantado.
Penso que o Daniel ficou meio louco com os saltos temporais, ou seja tem momentos de consciência e lucidez, outros em que divaga, sendo o último estado o mais frequente, tanto que a Charlotte antes de morrer disse que um velho louco tinha dito se ela voltasse a ilha morreria, talvez o seu afastamento se deva mais à sua condição mental.
O que interrogo é porque a Sun não ficou também em 1977.
Acho q os numeros aparecem na transmissão de rádio… ou pq naquele momento estavam no espaço-tempo referente a antes da mensagem e quando aterrisaram estavam em 2007 ou simplesmente pode se tratar de uma falha dos roteiristas….
Não vejo como ser uma explicação diferente a esta, afinal os letreiros (legenda) do episódio são bem claros ao dizer: 30 anos antes / 30 anos depois. Se os losties estão em 1977, não tem como ser um ano diferente a 2007