(Soldados britânicos em patrulha, em Helmand, no Sul do Afeganistão in http://www.abc.net.au)
“Os Estados Unidos não entregaram 5000 milhões de dólares em ajuda que tinham prometido para ajudar a reconstruir o Afeganistão e outros doadores também ficaram muito aquém daquilo que tinham oferecido”
(…)
“As perspectivas de paz no Afeganistão estão assim a ser prejudicadas porque os países ocidentais não cumprem o que prometem”
(…)
“Segundo as autoridades de Cabul, entre 2002 e 2008 os Estados Unidos apenas entregaram metade do que tinham prometido”
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“Além disso, para agravar ainda mais a situação, cerca de 40% de todo o dinheiro entregue tem regressado aos países ricos, designadamente aos Estados Unidos, por meio de lucros das empresas, salários de consultores e outras rubricas.”
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“Enquanto isto, um relatório publicado pelo Jane’s Information Group, com base no Reino Unido, sublinhou que o Iraque é hoje em dia um país mais estável do que o Afeganistão”
Jorge Heitor, Público, 26 de Março de 2008
Já abordei anteriormente, aqui no Quintus, a questão de que as potencias ocidentais não estão a dedicar a atenção devida ao que se está a passar no Afeganistão. A intensidade da presença norte-americana no Iraque implica que o essencial do seu esforço de guerra está aqui alocado e, em consequência, os talibãs têm conseguido obter ganhos territoriais e de influência significativos no Afeganistão. Os Estados Unidos mantêm aqui apenas pequenos destacamentos de forças especiais, e o grosso do esforço de guerra tem cabido essencialmente às forças britânicas que, aqui, têm sofrido mais baixas relativas aos meios humanos presentes do que em qualquer outra guerra, com excepção da Segunda Grande Guerra. As forças alemãs, permanecem no norte do país, e recusam-se a descer até sul, onde ocorre o essencial da actividade talibã. Os demais países da NATO, organização que coordena a presença militar estrangeira no Afeganistão, têm inclusivamente retirado forças do terreno e nem sequer estão a fornecer apoio aéreo e logístico adequados às forças que operam no terreno. Simultaneamente, a mudança de governo no Paquistão está a colocar em risco a política de enfrentamento activo (mas incompetente) dos redutos talibãs na fronteira paquistanesa e se o nível de agressividade do exército paquistanês diminuir, será de esperar ver o aumento dos redutos talibãs no Paquistão assim como o número e a frequência das infiltrações destes no sul do Afeganistão.
Este agravamento constante da situação no Afeganistão tem conduzido a níveis recorde de produção de ópio, que inunda de heroína os países ocidentais e que assim se reflecte directamente nada vida de todos nós e desmente o mito de que esta é mais uma “guerra distante”. Mas não só o mau andamento desta guerra pode fazer aumentar os níveis de crime, droga e violência no Ocidente, como a própria derrota do Ocidente no Afeganistão daria uma mensagem a todos os islamitas radicais no mundo: a possibilidade da restauração do “Emirado” fundamentalista de Cabul, daria ao fundamentalismo islâmico num novo reduto que, inevitavelmente o Ocidente teria que abater, novamente, mas a um custo muito maior do que de 2001, em vidas, meios, e prestígio perdido…
Só iam entregar se tivessem acesso aos recursos naturais e sobretudo às “papoilinhas” …
e têm!… de onde achas que vem a maioria da heroína que é consumida nos EUA?…
De certo forma eles estão a entregar essa verba em falta… só que a entregam em cuidados de saúde, clinicas de recuperação, custos de saúde, custos sociais vindos da criminalidade, etc, etc.
É vai ter + viciados nas terras ianks, heroína…é lamentável.
nao adianta o mundo esta errado quem se importa
todos… se o Afeganistão tombar nas mãos dos islamitas radicais, logo depois cai o Paquistão e este tem a Bomba… Cujos efeitos não conhecem fronteiras, como nos lembra o caso de Chernobyl.
aqui temos outro guerra esquecida em um cenário não tão distinto
http://herdeirodeaecio.blogspot.com/2007/06/guerras-esquecidas-2-guerra-civil.html
Então tá, mantenham os ianks no afeganistão por + 20 anos…se ñ melhorar o IDH dos mesmos..vai durar até mt +…neste ínterim , morrem crianças e mulheres Palestinas de doenças fome e sede , vítimas do sionistas( vide relatório da ONU ).Temos de ajuda-los tbm.
quem os afegãos?
mas eles querem ser ajudados?
não me parece…
nos últimos séculos o país nunca conheceu um ano de paz
e se os estrangeiros sairam, entram logo os paqustaneses radicais (talibãs) para usarem o seu território para nos atacarem, como fizeram no passado, usando os nossos civis como algo. Mulheres e crianças, sem eito nem jeito,
falando de guerras esquecidas, aqui vai uma muinto interessante, que tem sido extremamente negligenciada e que muito me interessa
http://en.wikipedia.org/wiki/Sino-French_War
ora bem… não conhecia não…