(Central nuclear japonesa de Kashiwazaki-Kariwa, construída pela Toshiba)
A empresa russa Atomenergoprom e a japonesa Toshiba formaram uma aliança para a produção de energia nuclear. Segundo este acordo, a empresa russa vai enriquecer o urânio extraído de minas no Casaquistão e a Toshiba vai produzir combustível nuclear e conceber e construir centrais nucleares. Desta aliança vai resultar o líder mundial neste sector, um dos que mais desenvolvimento vai conhecer no futuro, dado que a pressão dos preços dos combustíveis fósseis está a levar muitos países – como o Reino Unido e os EUA – a reforçarem a parcela de energia que é gerada por essa fonte.
Antes desta aliança, o mercado era divido entre a aliança franco-germânica Areva-Siemens, dois grupos nipónico-americanos a Toshiba-Westinghouse and GE-Hitachi e a russa Atomenergoprom. A empresa russa foi cortejada por vários interessados, mas Sergei Novikov esclareceu o porquê da escoolha da empresa japonesa: “Os japoneses têm a engenharia para construir centrais nucleares em três anos. Eles são os líderes mundiais reconhecidos nesta área; enquanto que para nós, são precisos cinco anos para construir uma central nuclear. Assim, nós vamos aprender com eles se esta aliança fôr firmada. Podemos também cooperar em equipamentos de grande dimensão. A aliança permitirá também que a Rússia possa emergir no mercado global de combustível nuclear.”
Contudo, que não se depreenda daqui que os russos estão atrasados no domínio da tecnologia nuclear. A Atomenergoprom domina completamente o ciclo de produção de combustível e constrói centrais nucleares “chave-na-mão” a clientes de todo o mundo. Domina também a tecnologia de ponta de reactores água-água e o acesso a algumas das jazigas mais ricas de urânio do mundo, no casaquistão, não foi o único argumento que levou a Toshiba a aproximar do gigante corporativo russo.
Na verdade, a área da tecnologia nuclear é uma área que, apesar de todos os receios quanto à sempre pendente possibilidade de um acidente e da existência do problema ainda insolúvel dos resíduos radioactivos de longa vida deveremos esperar muita actividade nos próximos anos… à medida que o petróleo fôr subindo, e peritos há que avaliam a possibilidade deste chegar aos 240 dólares em menos de 2 anos, cada vez será menos rentável produzir energia para a rede pública a partir de centrais de diesel. A opção nuclear – preferível ao carvão, porque não emite mais do que água quente – está na mesa e será cada vez mais interessante para alimentar as cada vez mais sôfregas redes públicas de todo o mundo.
Fontes:
http://www.energy-daily.com/reports/Outside_View_A_Russia-Japan_nuclear_pact_999.html
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