(O lançamento do foguetão experimental iraniano)
O lançamento pela República Islâmica do Irão de um foguetão com “capacidade orbital” que serviu de plataforma de teste para um segundo lançamento a realizar ainda este ano e que colocará em órbita um satélite experimental iraniano. Este lançamento é cumprimento de uma promessa – realizada no final de 2007 – de que o Irão iria lançar um foguetão deste tipo em 2008 e embora este não passe de uma projecção realizada a partir de planos norte-coreanos e que engenheiros deste país estejam a colaborar com a República Islâmica desde à anos, trata-se de um feito notável e indica que muito provavelmente o Irão será capaz de completar com sucesso a próxima fase do seu programa espacial: lançar um satélite chamado Omid (Esperança) em Março de 2009 e, mais tarde… colocar em órbita o primeiro astronauta islâmico lançado por um país muçulmano (a Malásia já enviou astronautas antes para o Espaço mas em cápsulas Soyuz).
É claro que esta mesma tecnologia pode ser usada para criar um ICBM, um míssil balístico de longo alcance capaz de colocar uma ogiva nuclear em qualquer ponto do globo, e logo, cria algum justificado nervosismo nas chancelarias ocidentais. Bem, mais exactamente este será o primeiro “islamonauta” masculino, já que… por via de uma viagem turística Soyuz a primeira mulher de credo muçulmano e iraniana será Anoushe Ansari, que pagará do seu próprio bolso a viagem (ver AQUI)… Sim, porque com o registo que o Islão tem de tratamento das mulheres… Quantas hipóteses acham de que o primeiro islamonauta seja uma mulher? Hum?
Entretanto e depois deste lançamento, a França já veio dizer que o foguetão iraniano não era capaz de manobrar no Espaço, isto é, que não tinha nem sistemas de navegação nem foguetes de orientação, o que não é necessário se o dito fôr um protótipo de um ICBM, mas que seria imperativo ter se se tratasse de um protótipo de um lançador de satélites… O que… Convenhamos ou quer dizer que o programa espacial iraniano está mais atrasado do que gostariam ou quer dizer que a sua vocação é puramente militar.
Antes de 2020 n acredito q autonomamente o consigam fazer…
A Europa tem o atraso q tem, quanto mais o Irão..
>M4Jor (12:00:38) :
>Antes de 2020 n acredito q autonomamente o consigam fazer…
>A Europa tem o atraso q tem, quanto mais o Irão..
Já agora podias clarificar qual é o atraso da Europa em relação à capacidade de colocar cargas em órbita. Eu penso que em 1965 a França conseguirá fazê-lo e a Inglaterra em 1971. E tu, qual o teu palpite?
M4Jor:
Eles querem… têm os técnicos (russos e coreanos), têm algum know-how e o dinheiro e a vontade… e este teste mostra que já dominam parte da tecnologia… É bem provável que o consigam antes desse ano, tanto mais porque um lançamento daria dividendos de marketing interno, e Abbas bem que precisa deles…
Cravo:
O que falta à Europa é vontade, não tecnologia nem recursos… A ESA tem um bom programa, mas estupidamente dependente de missões russas e americanas. Talvez agora que tem o ATV este possa evoluir facilmente para uma nave tripulada… e se o fizer deixa de haver razão para quem a critica por estar atrasada na área Espacial, porque lhe falta um lançador de missões tripuladas…
Isso não significa que a europa está atrasada, simplesmente tem uma estratégia alternativa. Afinal, hoje em dia quase toda a gente depende dos russos,incluindo os americanos. Isso não quer dizer que estejam atrasados. Mas se fica mais barato recorrer aos russos do que fabricar os proprios meios, porque não fazê-lo? Muitos de nós sabem cozinhar mas preferem ir comer fora, não?
Uma estratégia discutível porque implica a eterna subalternização e dependência a terceiros… hoje em dia até a China já lança astronautas (taikonautas, enfim…) e a Índia tem também já projectos… Da Europa, nada se fala, embora o ATV seja uma excelente plataforma para criar precisamente essa primeira cápsula tripulada europeia.
Fica mais barato… Estar na dependência de interesses e prioridades de agendas alheias? Ficará mesmo? A longo prazo?
Em último caso, a ESA poderia co-participar no Kliper ou importar tecnologia Soyuz, como fez a China, se o ATV não chegasse já…