(Eu sei que os “EPR” (European Pressurized Water Reactor) são supostamente muito seguros mas será que algo feito pelo Homem está totalmente isento de sofrer uma falha como esta supra?)
“A Martifer Energia tem em curso um investimento de 10 milhões de euros num projecto-piloto para o aproveitamento da energia das ondas.
Trata-se de um sistema flutuante composto de duas estruturas móveis ligadas entre si, que oscilam durante o movimento das ondas, resultando daí a energia que acaba por accionar o gerador eléctrico acoplado à estrutura.”
(…)
“O projecto, que ainda se encontra em fase de ensaios no tanque de ondas da Martifer, deverá ficar pronto já próximo ano (2008), sendo colocado no mar nos últimos meses de 2008. A zona escolhida para esta primeira experiência no sector da energia oceânica deverá ser ao largo de São Pedro de Moel.”
(…)
“Os responsáveis da Martifer garantem que o PIDREO (Projecto de Investigação e Desenvolvimento da Energia das Ondas) é o resultado de investigação científica nacional, de onde se destacam equipas do INETI, do IST, do INEGI e ainda da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.”
Vítor Andrade
Expresso, 15 de Dezembro de 2007
Sabe-se hoje quem no ano de 2007, Portugal conseguiu abastecer o seu consumo energético com 39% de energia produzida por fontes renováveis, como a energia eólica e hídrica. Se a Martifer conseguir construir uma rede de estações de energia de maré, sem danos no meio ambiente e capazes de abastecer as cidades costeiras e se estas estações forem multiplicadas em número suficiente poderemos sonhar com uma indústria nacional, com tecnologia de ponta e claramente exportável que será capaz cumprir de juntamente com a energia fotovoltaica possa tornar Portugal autosuficiente a breve prazo. Cruzando o Sol, uma das nossas maiores riquezas e que agora com células fotovoltaicas de nova geração, como aquelas que agora começam a sair das fábricas da Nanosolar, com o reacender do adormecido plano nacional de barragens e com uma rede extensa e desenvolvido de centrais de maré como o equipamento da Martifer não é utopia acreditar na autosuficiência energética portuguesa… Algo vital, se o petróleo se começar a perder o passo a partir de 2030 (como acreditam alguns) com a Procura total a exceder a Oferta…
Se Portugal se tornar o campeão europeu das Energias Renováveis, poderá livrar-se finalmente dessa grande travão ao Desenvolvimento que é a tradicional importação da maioria da Energia que consumimos, reequilibrar a Balança de Pagamentos e até tornar-se exportador de tecnologia cada vez mais valiosa num contexto mundial de esgotamento das fontes energéticas que dependem do Petróleo e do Gás Natural e que – sobretudo – contribuem com as suas emissões de Carbono, para o Aquecimento Global. A produção de energia por fontes renováveis parece ser assim capaz de cumprir o papel da Central Nuclear de Monteiro de Barros (ver AQUI) sem a necessidade de esperar dez anos pela entrada dos primeiros Watts nucleares na rede pública (o tempo que uma central leva a entrar em operação regular), já que este valor impressionante de 39% foi obtido apenas ao longo de um prazo de investimento nas eólicas por parte da EDP muito mais curto e a… uma fracção dos 3 mil milhões de euros que teriam custado uma Central Nuclear, a qual, de qualquer maneira seria capaz de fornecer apenas 20% do consumo final do país… Ou seja, apenas metade dos 39% conseguidos JÁ em 2007!
E sem risco (remoto ou não) disto.
Portugal devia construir uma central nuclear? 1) Sim 2) Não |
Clavis, como você sabe, sou um defensor da energia nuclear para o Brasil como substituição as termoelétricas convencionais. Mas sou porque o Brasil possui reservas de urânio, temos os meios de produção do combustível e uma dependência sazonal irritante (e cara) dos ciclos de chuva, já que a matriz de produção é hidroelétrica e que necessita de complementos de outra fonte energética quando da falta de chuvas.
E das Termoelétricas, a Nuclear é a mais competitiva num ciclo de 20 anos (ciclo do combustível, pois consegue ser mais barata que a operação de uma usina a carvão pelo mesmo período).
Não tenho conhecimento para julgar, mas não vejo nenhuma vantagem para Portugal em possuir uma usina nuclear em detrimento a outras fontes.
Alguém poderia elencar essas vantagens? Se é que existe alguma.
Forte Abraço
Fred
Comparando estritamente o nuclear com o carvão, este ganha… em toda a linha, excepto sempre na tal hipótese (remota ou não) de um acidente de grande escala… e descontando (podemos mesmo?) a questão dos resíduos.
Mas uma solução combinada, com solar, ondas, eólica, etc. Tudo isso pode ficar mais barato, ser mais descentralizado do que construir uma ou duas centrais,.
Caros amigos, tomei a liberdade de linkar este vosso post num meu sobre questão idêntica, em http://claustrofobias.blogspot.com/2008/01/eco-logias.html.
Aproveito para informar que a revista CUBO, na sua edição de 8 de Janeiro dá conta da instalação do primeiro “parque de ondas”, a instalar durante o primeiro trimestre deste ano, pela empresa Enersis, ao largo da Aguçadora (Póvoa de Varzim).
Saúde.
Claro, estás à vontade:
O link estava quebrado, o correcto seria:
http://claustrofobias.blogspot.com/2008/01/eco-logias.html
Obrigado!
Bom dia, estou fazendo um curso tecnico em eletromecanica e a minha professora de eletricidade geral me pediu que eu fizesse uma pesquisa sobre energias limpas me dando o beneficio de escolher o tema, eu escolhi energia das ondas, porem estou com um pouco de dificuldade de obter informações recentes sobre esse assunto.
Se alguem pudesse me fornecer informações sobre esse assunto ficarem bastante agradecido.
Obrigado de antemão
Wellington Carvalho.