“Lembram-se de ler as previsões que apontavam para a China passar a ser a maior economia mundial a partir de 2012? Bem, tal não vai acontecer tão cedo. Uma coluna de Albert Keidel, do Carnegie Endowement for International Peace, no “Financial Times” explica (…) Ao contrário do que sucedeu durante imensos anos, este relatório usou pela primeira vez um cabaz de preços chineses bastante preciso. Aplicando o método da paridade do poder de compra, o BAD chegou a uma conclusão surpreendente: a economia chinesa é 40% menor do que se pensava.”
Expresso de 15 de Dezembro de 2007
Ou seja… 2012, o tal ano para onde muitos também já começam a apontar como sendo o primeiro ano em que a produção de petróleo vai começar a entrar em franco e abrupto declínio, não será ainda o primeiro ano do reinado da China como superpotencia mundial econónomica. E não o será também porque o crescimento chinês assenta em grande medida no consumo crescente de matérias-primas e de fontes de energia convencionais, carvão e petróleo. Em segundo lugar, esta informação reflecte também algo que já começar a tornar-se de uso corrente no “economês” corrente e que o senso comum já suspeita à algum tempo: o PIB per capita e as tabelas comparativas que o usam (como ESTA) são muito imperfeitas, já que não dão conta da distribuição da riqueza, e ainda menos, da qualidade de vida comparada de cada cidadão… Usando estes novos indicadores, como o PPC (um indicador para o qual o Golani já havia chamado a atenção por estas bandas) obtemos tabelas muito mais exactas de comparação de poder de compra entre vários países pela simples comparação de quanto é uma determinada moeda pode realmente comprar em bens e serviços e assim permite obter uma comparação mais exacta de rendimentos e custo de vida.
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