“Há vários partidos em vias de extinção, por força de uma lei aprovada no tempo do primeiro-ministro Durão Barroso que está agora em vias de ser aplicada. A lei diz que um partido que não prove ter, pelo menos, 5000 militantes, é extinto.”
(…)
“Nada disto é necessário, até porque os partidos-ficção se mantêm. Por exemplo, o chamado Partido Ecologista os Verdes (PEV) parece que tem um pouco mais de 5000 militantes. (…) E o Bloco de Esquerda cerca de 7000. Como é notório, ninguém põe em causa a influência do BE na sociedade. Mas alguém conhece a do PEV?”
Henrique Monteiro
Expresso de 15 de Dezembro de 2007
Fujão Barroso, aquele que depois de ter sido eleito, abandonou o “pântano” para uma mais fulgurante carreira de sabujo europeu entregando sem grandes problemas de consciência o destino deste país aquele que seria o pior primeiro-ministro da nossa História, o famigerado Santanaz Lopes deixou ainda mais legados… Entre estes está esta Lei que perante o beneplácito e silêncio cúmplice de todos os outros partidos representados na Assembleia da República – tornada em altar da Partidocracia dominante – se preparam para extinguir administrativamente todos os partidos que têm menos de cinco mil militantes. Assim, a partidocracia, mais as quatrocentas famílias que alternadamente nos vão regendo estabelecem mais algumas seguranças para a sua manutenção no Poder, quer pela via da extinção de todos os partidos que não estão na Assembleia, quer pela via da supressão da aparição de qualquer outro novo partido que possa surgir para ameaçar a partidocracia reinante, quer… pela existência de uma pressão do sistema contra aqueles que se atrevam a militar em partidos a-sistémicos, já que para o Tribunal Constitucional (nomeado pela partidocracia e logo, parcial) poder aferir se um partido tem ou não cinco militantes, tem, necessariamente de aceder aos seus nomes… Ou seja, de um golpe único a partidocracia anula qualquer possibilidade de concorrência e, simultaneamente, assegura um sistema de dissuasão contra todos aqueles aqueles que se atrevam a militarem num partido que não pertença ao Bloco Central PS-PSD, já que uma vez que o seu nome conste numa lista qualquer, nada pode garantir que não acaba rapidamente nas mãos do SIS, e daqui, nas mãos de uma qualquer multinacional ou de um outro obscuro interesse privado.
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