
(O capitão Jesse Marcel exibindo alguns dos achados do crash de Roswell in http://www.abduct.com)
Quando em Julho de 1947, um agricultor encontrava estranhos destroços na sua quinta situada nos arredores da pequena cidade rural de Roswell, estava, sem o saber, a criar a maior história de OVNIs de sempre… O agricultor chamou o xerife local, que por sua vez, telefonou para a base áerea de “Roswell Army Field”, a qual enviou dois militares. No dia seguinte, a 9 de Julho de 1947, um artigo publicado no “Roswell Daily Record” afirmava “A Força Aérea captura um disco voador num rancho da região de Roswell”. Estava posta em andamento a “Grande Roda”, que daria origem am milhares de livros, documentários, séries e filmes de ficção, e que se haveria de tornar numa verdadeira indústria que ainda hoje constitui uma das principais fontes de rendimento da região.
Oficialmente, o incidente até já mereceu a (rara) atenção governamental, com uma multiplicação contraditória de explicações “oficiais”, deste balões meteorológicos, ao “Projecto Mogul”, a manequins dentro de cápsulas de testes, etc. Longe de esclarecerem o mito, estas tentativas desajeitadas mais não fizeram do que adensar o mito…
E eis que agora, surje um novo testemunho… Um residente da cidade americana de “Escondido“, na Califórnia de nome Milton Sprouse:

afirma ter estado no centro dos acontecimentos de Roswell… Um elemento comprovado do 393º esquadrão de bombardeiros B-29, transferido para Roswell no final da Guerra, Sprouse afirma que “estava lá quando anunciaram a queda de um OVNI. No dia seguinte, apareceu publicado no Roswell Daily Record, e nessa noite, todos os generais desmentiam a notícia”. Ora, a novidade deste testemunho está em que Milton Sprouse afirma ter feito parte do grupo de militares da Força Aérea que foi enviado para o rancho de William Brazel recolher os materiais que estavam espalhados pelo campo e que, segundo ele, incluiam “paus” (sticks), bandas de borracha (rubber strips), tela metálica (metallic foil) e um tipo de papel resistente (sturdy paperI), transportando-os ao xerife George Wilcox, que tinha pedido ajuda à base aérea. Respondendo à chamada, o oficial da Inteligiência Militar Jesse Marcel teria sido enviado às instalações do xerife, passando depois a noite a encher com o material recolhido por Sprouse e outros militares um camião que depois foi enviado para a Base. Pouco depois, o coronel Blanchard, o superior de Jesse Marcel, emitiria um comunicado declarando que a Força Aérea tinha capturado um “disco voador”. O material é embarcado num B-29 e recambiado para uma base da Força Aérea no Texas e nunca mais se ouve falar dele… E a partir daqui começa a campanha de desinformação com a publicação de uma declaração negando todas as afirmações anteriores e afirmando que o “disco voador” era, afinal, um balão meteorológico… Sprouse diz que na mesma altura ele e outros militares receberam ordens para recolher todos os jonais desse dia e que centenas de militares, sem ele, mas com 5 homens do seu pelotão, eram enviados para o local do acidente para baterem cada cm2 de solo em busca de mais restos. “Eles diziam que algo que não era deste mundo”, disse Sprouse. Entre os objectos recolhidos, os militares diziam ter encontrado uma “tela metálica” que quando era amalgamada, retornava à forma original, numa descrição quase idêntica à Jesse Marcel.
A explicação oficial para os acontecimentos de Roswell, pelo menos a de 1995, consiste na declaração de que se tratava de um “balão meteorológico” fabricado para o “Projecto Mogul” que consistia numa série de balões de alta altitude com sensores capazes de detectar a detonação de bombas atómicas sobre o território da União Soviética. O estranho material descrito seria o do balão. Mas o “Projecto Mogul” não explicava porque houve relatos de “cadávares” recolhidos no local… Para o explicar, a USAF lançaria mão, mais tarde, em 1997, de nova “explicação oficial” alegando que se tratariam de manequins usados para testar paraquedas de alta altitude (ver AQUI)

(Manequim usado para testes de paraquedas de altas altitudes in CNN)
O problema desta explicação oficial de 1997 estava em que… estes manequins só começaram a ser usados na década de 50… três anos depois de Roswell, portanto… (ver AQUI) a explicação não é propriamente das mais convincentes que jamas se fizeram… Sprouse também se recorda de ter ouvido camaradas seus a referirem ter colaborado na recolha de “corpos alienígenas” que teriam levado para um hangar da base, guardado por dois guardas com metralhadoras até serem transferidos para fora da base aérea. O ex-militar afirma ainda ter ouvido de um colega de caserna que trabalhava numa sala de emergência médica onde teria visto um “humanóide” a ser transportado para o hospital da base, onde teria sido observado por dois médicos e duas enfermeiras que assim que fizeram o seu trabalho, foram “transferidos”.
O oficial Jesse Marcel continua a manter até hoje a sua história inicial. Em 1978, numa entrevista televisiva reafirmou a natureza alienígena dos achados desse dia de 1947 e tornou a fazê-lo mais tarde, em 1980 relatando as características de um “pedaço de madeira que não ardia” e de “um segmento de metal que não podia ser dobrado”, recolhidos no local da queda. Hoje já falecido, o seu legado continua a viver pelo seu filho, Jesse Marcel Jr, que publicou um livro “The Roswell Legacy” onde toma a defesa do seu pai.
Fonte Principal:
NC Times
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