Avolumam-se os indícios de que apesar da Inflação ser desde o começo da aparição do Banco Central Europeu a prioridade número um, se não mesmo a única está aí para voltar… A Alemanha, a famosa locomotiva europeia tem níveis recorde de inflação, no pico desde 1996… Tudo se conjuga para que – de novo – e assim como aconteceu nos últimos 11 anos, as previsões governamentais para a inflação se venham a revelar – de novo – frustradas… E assim, o poder de compra médio dos portugueses vai tornar a descer mais uma vez… Estimam alguns que nestes 11 anos em que os Governos se têm “enganado” (curioso engano este que aponta sempre para o mesmo lado) os portugueses terão perdido qualquer coisa como 10% do seu poder compra real… Compensando apenas pelo crescente endividamento das famílias, que, finalmente deu em 2006 sinais de abrandamento… Não porque a Banca e as empresas financeiras do ramo tivessem dado sinais de contenção, mas porque… os níveis de endividamento chegaram simplesmente ao seu máximo…
Daily Archives: 2007/12/14
CurtasLinhas (8): Da inflação na Zona Euro e da perda de compra dos portugueses nos últimos 11 anos
Os custos da “Guerra ao Terrorismo” batem os custos das Guerras da Coreia e do Vietname
(MBTs M1A3 patrulhando em Bagdad in http://ngcblog.nationalgeographic.com)
Oficialmente, os custos totais da “Guerra ao Terrorismo” no Iraque e no Afeganistão já ascendem a 1050 biliões de dólares, dos quais, 127 para o conflito no Afeganistão. Estes são os números oficiais, do CSBA (Center for Strategie and Budgetary Assessment) e indicam que esta guerra actual já ultrapassou o custo combinado das últimas três grandes guerras que os EUA travaram, a saber a Guerra da Coreia e a do Vietname. E ainda a “procissão” vai no adro, dado o recrudescimento da actividade talibã no Afeganistão e a evidência da necessidade de manter algum tipo de presença no Iraque mesmo depois da retirada da maioria das forças, a partir de 2008. É também certo (e o Golani certamente que o apontaria, se é que já não o escreveu) que o peso relativo dos custos desta guerra são menores do que os das guerras da década de 50 e 60/70, já que a percentagem do orçamento de Defesa em 2008 será de apenas 4.2% do PIB (o orçamento de Defesa em Portugal, em 1973 era de 49% do orçamento total), mas ainda assim é valor impressionante, não é?… Especialmente tendo em conta que nada obrigava a gastar este dinheiro abrindo uma nova frente no Iraque e desprezando aquela que devia ser a principal linha de frente contra o terrorismo islamita: o Afeganistão.
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