“Conversas Vadias” CD2 (segundo extracto)
Entrevista com Baptista Bastos
“O importante era fazer as coisa em ligar de estar a declamar sobre elas”
“Naquele fim de Primeira República, com toda aquela gente extraordináriamente inteligente (…) não conseguia chegar a nenhuma espécie de organização de Portugal”
“Era Portugal ter tido dois regimes de portugueses, um era o do Rei governando os munícipios republicanos e deu a volta ao Cabo da Boa Esperança e o outro foi de aguentar o desastre de Oriente e que depois teve de construir o Brasil, que não é coisa fácil para uma nação tão pequena, com tão reduzido número de pessoas e teve outro regime que foi o de se ouvir pouco as Cortes Gerais deixá-las bem espaçadas e deixando o Rei governando.
“Quando Dom João embarcou para o Brasil, esse segundo regime português foi embora e Portugal durante duzentos anos não teve nenhum regime português”
“A Primeira República não era um regime português era uma coisa qualquer importada de Inglaterra ou de França. A primeira Ditadura era uma coisa inspirada de algo que vinha de fora, que agora vejo que útil ao país, no sentido de que Portugal realmente estava sendo criticado em toda a parte, estava “portugalizé”, como se dizia naquela altura, quando nosso amigo veio lá de Coimbra, professor de Finanças, que percebia lá daquilo, pôr as Finanças em ordem, ele conseguiu manter aquela ordem financeira que de resto o Afonso Costa, já tinha tentado”
“E como havia gente que protestava e sentia que não era um regime adequado a Portugal, o nosso amigo teve que montar todo aquele aparelho policial, cadeias e pides e toda essa tralha”
BB: “De que o Sr. Professor foi vítima!”
“Eu fui vítima e fui favorecido. sabe? Porque se não fosse a Ditadura tinha ficado com o Doutoramento, com uma vida bem sossegada em Portugal e depois aborrecido da vida, porque não tinha visto o mundo ao passo que aqueles acontecimentos me obrigaram a ir embora e foram uma abertura para a Vida”
“De vez em quando, se o sujeito partiu a perna, o gesso é bom”
“Temos que dar qualquer jeito para que Portugal deixe de coxear e realmente se reinstale. Eu acho que o problema que está hoje diante de Portugal é de se reinstalar, de se restaurar (…) de voltar aquilo que os portugueses acharam que era o seu próprio Portugal”
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