Quanto ao Ibero, a grande discussão que se coloca é a de saber se estamos perante uma única língua ou se, pelo contrário, uma que se dividia em vários dialectos. Aqueles que defendem a pluralidade de dialectos ou de línguas ibéricas encontram um argumento decisivo na existência de vários sistema de escrita em uso simultâneo na Península Ibérica. Julga-se contudo – e seguindo de perto as indicações epigráficas – que o Ibero se dividia em dois grupos dialectais: o Norte-oriental (desde a costa francesa até Castela) e o Sulista (presente sobretudo na Andaluzia).
Esta língua seria gradualmente absorvida pelo intenso e eficaz processo de romanização e não se passaria muito tempo após a consolidação da presença das legiões para que desaparecesse. No tempo de Tácito era já falada por um grupo muito reduzido de indígenas, uma dedução que extraímos de um extracto da obra desse historiador em que este nos fala de um cidadão da Ibéria que respondendo a romanos num julgamento pela morte de um praector usava ainda a sua língua nativa, e em que Tácito o menciona como se essa utilização se tratasse de uma raridade entre os seus companheiros de nação.
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