“O ministro do Ambiente anunciou ontem que os sistemas de videovigilância contra incêndios em áeas protegidas vão ser avaliados para testar a sua eficácia e manifestou a intenção de recorrer ao mecenato para financiar estes sistemas.
(…)
“O ministro admitiu que na Arrábida as dez câmaras não têm funcionado bem, mas frisou que o principal problema não é a manutenção, mas o vandalismo.”
Fonte: Público de 17 de Outubro de 2007

(O SkyGu@rdian da UBI, um UAV para combate a incêndios que ainda… não descolou? in DiárioXXI)
A ideia de instalar sistemas de videovigilância nas nossas florestas é excelente, mas aparentemente colide com os interesses daqueles que todos anos ateiam incêndios assassinos nas nossas matas e que os preparam cuidadosamente, incluindo nessa prepação a destruição por “vandalismo” das que estavam em funcionamento na Arrábida… A própria sanha destrutiva destes criminosos – ligados aos torpes interesses imobiliários que tanto têm feito pela destruição deste país – indica que a ideia, longe de errada, tem fundamento e futuro, assim se resolva o problema da segurança dos equipamentos… Não é impossível instalar estas câmaras em locais seguros, impossíveis de destruir pelo “vândalo” comum, seja em torres altas (e não em pequenos postes ou em árvores, como sucedeu nestas instalações) ou é possível transferir as ditas câmaras para… o ar.
Com efeito, a Universidade da Beira Interior trabalha desde 2003 num pequeno UAV de pequenas dimensões e que seria capaz de vigiar um extenso território, imensamente mais extenso do que aquele que seria coberto por uma câmara fixa e que poderia ser usado com grande economia na vigilância das nossas águas costeiras e… na prevenção a incêndios. O projecto, de nome SkyGu@rdian, nasceu em 2003, em plena época de incêndios que então assolava o país e tinha então nos planos produzir em 3 anos um UAV multifunções e que deveria estar pronta para ser comercializada ainda em Maio de 2005… Tal não aconteceu, e não se sabe bem o estado do projecto, embora continue a ser ainda a bandeira do Curso de Engenharia Aeronáutica da UBI (ver AQUI)… O que é pena, já que um UAV aplicado desta forma poderia ter no mercado internacional um muito interessante acolhimento… Basta ver o que acontece agora na Califórnia…
Numa primeira fase o SkyGu@rdian seria controlado por rádio, mas depois, poderia ser controlado via satélite ou ainda por rádio-satélite, um desenvolvimento que está a ser feito em parceria com a empresa Skysoft, algo que lhe daria um raio de alcance completamente diferente e que seria essencial para o lançamento comercial do projecto. O UAV é de reduzidas dimensões, com menos de 2,1 metros de comprimento, dada a importância de contenção de custos, devendo custar menos de 50 mil euros no seu desenvolvimento apoado pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior via Projecto Ideia.
Fontes:
http://www.urbi.ubi.pt/030520/edicao/dossier_aeronautica.html
http://www.leiriaeconomica.com/item1176.htm
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