(Um original exemplo de arquitectura in http://www.tathiwitch.kit.net)
“(…) um sector profissional cujo número de licenciados tem crescido exponencialmente nos últimos anos, sem equivalente resposta do mercado de trabalho num país onde a arquitectura está ainda à procura de encontrar o seu lugar.”
(…)
A OA conta actualmente com mais de 15 mil associados, o que significa que o nosso país tem uma das mais altas taxas de arquitectos por habitante na Europa (um arquitecto para cada 650 portugueses, quando a média europeia é de um por mil habitantes).
(…)
“um ritmo anual superior a mil inscrições – resultado dos mais de 20 cursos actualmente existentes nas universidades provadas e públicas”
Fonte: Público de 17 de Outubro de 2007
Num país onde a Construção Civil tem um mandato invisível para tudo construir e todo o lugar, com evidente compadrio de muitas autarquias e nem sempre pelas melhores razões estranha-se que os arquitectos recém-licenciados não consigam encontrar saídas profissionais… Mas mais do que isto, estranha-se que tipo de pensamento terá andado pelas cabeças doutas dos responsáveis que no Ministério da Educação autorizaram um número tão cogumelar de cursos de arquitectura tão profuso e evidentemente incapaz de criar um número sustentável de arquitectos em Portugal. Talvez tenha acredito nas “virtudes insondáveis” do Mercado que inevitávelmente haveria (e haverá) de levar ao encerramento por insolvência da maioria destes cursos de arquitectura em funcionamento em universidades privadas, mas desprezando aquela que deve ser a atitude reguladora do Estado e reduzindo as frustações, o tempo e o dinheiro e esperanças perdidas pelos 400 a 500 novos arquitectos que saiem das universidades todos os anos… Porque que não orientar o número de autorizações de novos cursos em função das necessidades do país e da sustentatibilidade dos mesmos quanto à oferta já existente?
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