Desde 2003 que os lucros das maiores multinacionais americanas não páram de crescer… A regra do “double digit” impôs-se para o crescimento dos seus lucros, assim como a imposição de políticas de pessoal cada vez mais draconianas e recorrendo a “reestruturações” cada vez mais violentas… O emprego sobe, nos EUA, mas à custa de um novo nível de fluidez e de rotatividade no Emprego… Mas sobretudo, estas grandes empresas já não dedicam uma parte significativa destes lucros em Investimento. Os enormes volumes de “Cash Flow” gerados são dispersos em aquisições e fusões com outras companhias. Os especuladores berardianos de Wall Street deliram, porque estas compras e vendas fazem aumentar a cotação das acções de manipulam, mas a Economia perde a longo e médio prazos, já que o Lucro em vez de reinvestido é disperso em aquisições de empresas concorrentes, que reduzem a competividade do Mercado, a Inovação e que anulam rapidamente qualquer novo pequeno interveniente, englobando-o no seio de uma gigantesca, e ineficiente grande corporação…
Esta é a grande doença que afecta a economia dos EUA, grande farol do modelo neoliberal: um modelo de desenvolvimento cada vez mais dependente de grandes multinacionais que desinvestem numa escala nunca antes vista e que dedicam às actividades improdutivos das aquisições uma parcela muito significativa das suas actividades e recursos. Em vez de deixarem desabrochar novas, mas pequenas e empreendedoras empresas, suas concorrentes, optam, por adquiri-las, limitando a concorrência e logo, o dinamismo da Economia e acentuando as suspeitas daqueles que acreditam que o mundo caminha rapidamente para um “Império das Multinacionais”, ineficiente, lento, pesado e ditatorial sob todos os aspectos, já que se está a imiscuir de uma forma cada vez mais sensível nas formas de governação cada vez menos democráticas e cada vez mais “lobbyzadas”…
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