Em Agosto de 2006 ocorreu um acidente na central nuclear de Browns Ferry no Alabama que parece ter sido o resultado de… um hacker. Os reguladores do sector nuclear americano negaram prontamente a origem do Shutdown do terceiro reactor da central, mas a causa primeira do mesmo esteve naquilo que foi descrito como “tráfego excessivo” na rede ethernet da central, o qual levou à falha das bombas de circulação de água que arrefecem o reactor, um dos elementos mais vitais para manter um reactor fora do estado crítico de meltdown…
De facto, as causas do incidente nunca foram completamente identificadas, mas o certo é que a empresa gestora da Central Nuclear instalou novas Firewalls, o que indica que a causa do sucedido se deveu uma penetração da sua rede interna… O que a confirmar-se não aconteceria pela primeira vez, já que o primeiro caso conhecido aconteceu em 2003 quando um vírus desligou um computador que geria o sistema de monitorização da Central Nuclear de Davis-Besse, no Ohio.
Este incidente indica que as instalações nucleares dos EUA mesmo depois do 11 de Setembro e dos muitos biliões de dólares gastos em Segurança e no novo Departmento do “Homeland Security” existem ainda muitas e graves lacunas no sistema de segurança interna dos EUA… Imaginemos se alguém consegue fazer um reactor americano chegar ao mesmo estado do Reactor 4 de Chernobyl? E isto sem usar meios sofisticados como “bombas sujas”, aviões comerciais caindo sobre o reactor ou lançando um míssil Scud contrabandeado sobre o reactor, mas usando apenas um… pequeno laptop e muito engenho informático? Esta imensa fragilidade (patente, apesar dos múltiplos sistemas de segurança dos reactores) não é de per si um poderoso argumento contra aqueles que como Monteiro de Barros (ver AQUI ) defendem a construção de uma Central Nuclear em Portugal? Uma causa aliás prontamente adoptada pelo embrionário, mas muito ciberactivo, “movimento liberal português”…
Fonte: FoxNews
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