Função: Ataque ao solo e caça diurno.
Dimensões: Envergadura (pequeno) 6,4 m, (grande) 8,5 m; comprimento
6,83, (com motor na fuselagem) 8,63 m. Altura (sobre o esqui) (versão A) 2,10 m, (B) 2,5 m.
Peso: Vazio (B-0 e B-1): 1542 Kg, carregado (A-1) 2200 Kg, (A-2) 3800 Kg, (B-1): 2700 Kg; (B-2): 4730 Kg.
Propulsão: Dois pulso-reactores Argus As 014 de 300 kg de impulso.
Velocidade máxima em baixa altitude: (A-1): 755 km/h; (A-2): 920 km/h; (B-1): 680 km/h; (B-2): 590 km/h.
Armamento: Duas metralhadoras de 15 mm.
O desenvolvimento e a construção dos primeiros protótipos deste aparelho começaram no já referido DFS sob a direcção de Jacob Schweyer que construiu o primeiro protótipo.
As investigações começaram em 1941. Pretendia-se então produzir um pequeno e leve caça parasita que seria lançado de um bombardeiro e posteriormente recuperado. O aparelho deveria ter a função de um avião de ataque ao solo barato e de construção rápida, com o papel secundário de caça diurno. Após longas pesquisas e uma série de fracassos o planador V1 fez os seus primeiros testes de vôo preso às costas de um bombardeiro Do 217, no Outono de 1943. Como aerodinamicamente o comportamento do aparelho foi notável passou-se de imediato à fase de testes com motor.
A fase de testes com motor começou logo de seguida. Escolheram-se os motores Argus As 014 capazes de impulsão de 300 Kg. A instalação do sistema propulsor na parte traseira da fuselagem não foi contudo das mais felizes e os problemas causados por esta opção sucederam-se. Para os resolver instalara-se dois dutos nas asas, colocando o escape das chamas tão longe quanto possível delas, não tanto pelo risco de incêndio, que também existia, mas mais para reduzir as vibrações que danificavam a estrutura de madeira do aparelho. A versão A-1 possuía dois dutos, um em cada asa, a A-2, quatro inseridos na própria fuselagem do avião. O armamento do A-1 incluía duas metralhadoras MG 151, o do A-2, dois canhões MK 103.
O projecto sofreria o mesmo trágico destino do Me 262. A configuração como interceptor foi mudada para a de um avião de ataque, prevendo mesmo a eventualidade de se tornar num aparelho não-reutilizável. Esta versão transportaria uma carga de bombas até 1.400 Kg, possuindo o B-1 os motores instalados nas asas e o B-2 dutos maiores capazes de 400 Kg de empuxo cada. A descolagem era feita a partir de um carro pela ignição de um foguete, guinchos de cabos e outros meios hoje desconhecidos, previa-se também a construção de versões que poderiam ser lançadas de submarinos emersos, num dos vários projectos que no final da Guerra os alemães alimentaram para se vingarem dos bombardeamentos americanos. Como o Me 262, a mudança radical de função do Me 328 atrasou o andamento do projecto, ao ponto de nenhum das diversas versões de caça e ataque chegar a conhecer o serviço activo.
Comentários Recentes