A maioria dos carros híbridos como o meu Civic IMA funcionam com baterias recarregáveis de níquel. Isto pode mudar brevemente… A Nissan e a NEC preparam-se para utilizar baterias de iões de lítio em veículos híbridos.
Segundo o vice-presidente, o português Carlos Tavares: “Juntas a Nissan e a NEC resolveram os problemas fundamentais de custo, performance, segurança e fiabilidade”. De facto, as baterias de Iões de Lítio são geralmente tidas como superiores às de Níquel, já que conseguem maiores capacidades de carga em volumes menores e isto significa que se torna possível alcançar maiores autonomias com a mesma ou mais, potencia.
O problema está em que este tipo de baterias é menos seguro do que as baterias de níquel… Aliás, não são tão raras quanto se pensam as vítimas de baterias de telemóveis explosivas (ver AQUI) e o mesmo poderá acontecer com estes novos automóveis híbridos… Por outro lado, são também menos duráveis. De qualquer modo, em 2009, a Nissan deverá ter um veículo híbrido com estas baterias em produção, comercializável em 2010 e concretizando a quebra de parceria que tinha nesta área com a Toyota, líder neste segmento de mercado.Mas os híbridos ainda que surjam estas novas baterias estão longe de serem uma opção para a maioria dos utilizadores… Os ganhos de combustível existem, mas são ainda mínimos, estimando-se que para obter o retorno da verba adicional que custa um híbrido em custos de combustível poupados sejam precisos pelo menos 10 anos…
Assim sendo, e para reduzir as emissões de carbono de Portugal só resta a via fiscal… Os fabricantes não estão muito entusiasmados com a tecnologia híbrida porque esta faz disparar os custos de produção e se vêm obrigados a reduzir as suas margens para manterem os veículos deste tipo a preços competitiveis. Nos EUA, especialmente na Califórnia têm sido tomadas várias medidas interessantes, como a distribuição de autocolantes que permitem aos condutores de veículos híbridos o acesso a faixas especiais nas autoestradas e uma subvenção especial nos impostos pagos na aquisição dos veículos que vai descendo gradualmente até se alcançar um determinado patamar de vendas de cada tipo (o número em que deixa de haver reduções fiscais com o Toyota Prius, o híbrido mais vendido nos EUA já foi alcançado).
Por cá, ainda temos muito a fazer… Desde reduzir ainda mais a carga fiscal, obrigar a aquisição de veículos híbridos ou menos poluentes por parte do Estado ou de órgãos estatais, instituir os mesmos mecanismos californianos de favorecimento em auto-estradas e outros, novos, em portagens e estacionamentos, etc, etc… Enfim, inventando novos argumentos que levem os portugueses a contribuirem mais para a defesa do nosso planeta e que lhes ofereçam argumentos adicionais para escolherem um carro híbrido em favor de um carro mais convencional.
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