Num movimento sem precedentes na indústria, o gigante americano das Comunicações AT&T decidiu que iria incorporar nos seus quadros 2000 técnicos de suporte que tinham sido funcionários de empresas de Outsourcing trabalhando para a AT&T.
A AT&T declarou que iria utilizar estes novos funcionários para auxiliar os seus clienes na auto-instalação das suas linhas de ADSL, e para responderam a questões de suporte mais generalista. Este movimento segue-se a um acordo entre a empresa e o sindicato “Communications Workers of America” que acordou os salários, benefícios e deveres dos postos de trabalho.
Esta contratação segue-se a uma outra, que trouxe para a compnhia mais 700 novos funcionários para prestarem suporte ao novo serviço de televisão da AT&T, o U-verse.
Depois de décadas em que o Outsourcing era um mito inatacável, as empresas norte-americanas começam a reconhecer novamente o mérito do Insourcing, da contratação, e do aumento da sua força de trabalho directa. Num mercado como o das Comunicações, onde o Outsourcing se traduziu frequentemente por uma poupança de recursos a curto prazo, mas por uma descida da qualidade de serviço merçê da baixa qualificação, inexistente formação e gestão do pessoal em Outsourcing, estas são boas notícias… Se a moda do Insourcing começar a pegar nos EUA ainda teremos que esperar mais uns dez anos antes que chegue à Europa e a Portugal, que foi o tempo que a obsessão do Outsourcing demorou a cá chegar, mas se assim fôr, isso poderá contribuir para a recuperação dos números do Desemprego, pelo aumento dos níveis de qualificação profissional (frequentemente descurada pelas empresas de Outsourcing), pelo aumento dos níveis de remuneração (condicionados por um meio cada vez mais competitivo) e até dos Orçamentos dos países, que têm sido tão esvaziados pelo Outsourcing massivo promovido pelas grandes empresas.
Fonte: Cnet.com
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