Função: Bomba voadora tripulada.
Dimensões: Comprimento, 7.90 metros; Envergadura, 5.30 metros.
Peso: 2.180 kg.
Propulsão: 1 pulso-reactor Argus As 109-014 de 350 kg.
Velocidade Máxima: 645 km/h.
Alcance: 240 km.
Armamento: uma ogiva de 850 kg de alto explosivo.
Embora se tenham desenvolvido investigações tendentes a resolver o problema crónico das V-1, a sua falta de precisão, nunca se chegou à fase de produção destes protótipos. Alguns destes testes passavam pela inclusão, imediatamente abaixo da entrada do pulsoreactor de uma cabine de pilotagem. Não se tratava, contudo, de uma arma suicída, visto que o seu piloto deveria saltar logo se julgasse que a bomba estava devidamente apontada para o seu alvo, embora na prática isso fosse bastante difícil, o que não parecera importar muito a Goering e Goebbels, a quem a ideia tinha ocorrido precisamente depois de tomarem conhecimento das acções dos Kamikaze japoneses.
Os testes destas V-1 tripuladas (versão Fi 103 R-III) redundaram numa sucessão de desastres, sem que se chegasse a saber qual a sua verdadeira causa. Desastres que provocaram sempre a morte do piloto porque devido devido ao pequeno tamanho da cabine de pilotagem, e também porque a entrada do pulso-reactor estava colocada precisamente sobre a sua cabeça era quase impossível ao piloto saltar antes que o avião se despenhasse no solo. Apesar destas dificuldades, quando no último período do conflito se pediram voluntários, estes surgiram em grandes números. Provinham especialmente das fanáticas Juventudes Hitlerianas que receavam ver a guerra chegar ao fim sem que chegassem a combater, pilotar uma V-1 era a última hipótese de morrer com glória. Acredita-se que esta versão da V-1 não chegou a conhecer uso operacional, embora alguns defendam que o corpo aeronaútico das SS teria criado a esquadrilha Leonidas com alguns dos 175 aparelhos construídos. Outras fontes referem que as tripulações para estes engenhos proviriam do Corpo Aéreo das SS, formado Novembro de 1944 com 150 voluntários – conhecido como S.O.M. (Selbstopfer Maenner, ou seja, os auto-sacrificantes), formados no centro especial de Friedenthal, conduzido pelo famoso Coronel Otto Skorzeny. O lançamento de alguns destes engenhos sobre Londres explicaria o comportamente “inteligente” reportado por alguns pilotos de caça aliados. O conceito da V-1 tripulada seria testado após o final da guerra pela RAF usando pilotos de pequena estatura, mas o projecto foi rápidamente abandonado.
O desenvolvimento do projecto previa a versão Fi 103 R-I e R-II como planadores de treino; a R-III como treinador com propulsão e a R-IV como versão final.
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